"A lição que fica é perseverar, sempre"

Leonardo Galileu Ramos Meirelles é assessor da presidência do Instituto Vital Brazil

Em 1982, Leonardo Galileu Ramos Meirelles, ou, como é mais conhecido, Léo, iniciou sua caminhada profissional no Instituto Vital Brazil. Sua história na instituição já é escrita há 38 anos. “Toda a minha experiência como médico veterinário foi adquirida no Instituto”, contou.

Hoje, Léo ocupa o cargo de assessor da presidência e atua na sede, em Niterói, e na Fazenda Vital Brazil, em Cachoeiras de Macacu, onde é responsável técnico junto ao Conselho Regional de Medicina Veterinária. Sua rotina inclui revisar e observar os animais na Fazenda, verificar seu bem-estar físico, além, é claro, de também fazer o controle de todo o material de apoio para as inoculações e providenciar os itens necessários para que o processo de cuidado com os bichos ocorra perfeitamente – rações, suplementos, medicamentos, soro fisiológico, bolsas de sangria, entre outros.

Médico veterinário formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Léo começou sua trajetória no Vital Brazil no Biotério, como estagiário, passou a auxiliar acadêmico e, poucos anos depois, virou chefe desse departamento. Com a conclusão da faculdade, em 1985, tornou-se veterinário também da instituição, para, posteriormente, assumir a Gerência de Imunobiológicos.  Ao longo dos anos, Leonardo trabalhou cuidando dos animais e das instalações do Instituto em suas diferentes fazendas locadas. Até que, em dezembro de 2008, um antigo sonho virou realidade: o Instituto Vital Brazil adquiriu a sua própria fazenda, em Cachoeiras de Macacu, com pastagens, instalações, capineiras, galpões, laboratórios e toda a infraestrutura necessária para a instituição e para a realização de seu trabalho.

Em tempos de combate contra o novo coronavírus como o que o mundo inteiro está vivendo, Léo falou sobre lições de superação e perseverança. “Pode parecer que a situação atual esteja ruim, mas o que vale é o que se sente dentro de você. Sou grato pelos profissionais do Biotério, da Cocheira, pois todos nós estávamos conscientizados de que deveríamos fazer o melhor possível para o bem dos animais. E isso realmente foi feito. Temos que caminhar juntos. Não podemos desanimar, temos que perseverar, sempre”.        

A equipe de trabalho foi um ponto extremamente importante para ele durante a pandemia. “Não existe sucesso individual, o sucesso de uma empresa é coletivo. Todo o trabalho que fizemos aqui foi de uma equipe toda”. Leonardo ainda explicou que essa união como um time fez toda a diferença para que pudessem dar seguimento às tarefas, pois a Fazenda não podia parar suas atividades. “Temos uma rotina de trabalho muito forte, os animais precisam disso. Tudo foi mantido integralmente pelos funcionários, que sabiam que era preciso realizar suas funções da mesma forma. Não houve falta de ração, de medicamento, de nada, tudo funcionou de forma muito tranquila”.  

Com o Instituto Vital Brazil atuando nas pesquisas de um novo soro para o tratamento da Covid-19, a partir da utilização do plasma de cavalos, Léo reforçou a necessidade dos serviços da Fazenda voltados para os cuidados com esses animais. “Sem o cavalo, não teríamos o soro, ele é fundamental. É um animal que existe em praticamente todo o mundo, exceto nos polos. É um excelente doador de sangue, pois se recupera muito rapidamente das doações que faz, o que facilita demais a produção. Na verdade, o cavalo é a matéria-prima do soro!”.

A vida pessoal passou por poucas modificações, devido à necessidade de dar seguimento ao trabalho. “No início da pandemia, fomos todos pegos de surpresa, mas entendi que as coisas precisavam voltar ao normal. A vida segue, mas, agora, tomando todas as medidas de proteção necessárias”, concluiu Leonardo.

Texto e foto: IVB / SECC

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